Foto: Sora Shimazaki

Em 2020, houve um aumento de 330% no número de tentativas de ataques cibernéticos no Brasil. Foram mais de 370 milhões de invasões a sistemas corporativos e o número é assustador, já que representa quase o quádruplo da quantidade. O levantamento foi feito pela Kaspersky, empresa especializada em segurança virtual.

O analista de segurança da empresa, Fabio Assolini, explica que o crescimento “está relacionado diretamente à pandemia de Covid-19”, por fatores como o trabalho remoto, o e-commerce e os serviços online.

“Infelizmente, a maioria das empresas acaba pagando o resgate. Nós não recomendamos em hipótese alguma, porque estarão negociando com criminosos”, alertou Assolini.

Já CEO da GAT Infosec, Leonardo Militelli, apontou uma das vulnerabilidades dos sistemas corporativos no Brasil: “Em média, as empresas levam 116 dias para corrigir uma atualização de sistema operacional.”

Golpes aplicados em pessoa física

Mas não foi apenas os ataques à empresas que aumentaram. Os ataques pessoais, de “sequestro de perfil” no WhatsApp também aumentaram. E pior, golpistas encontraram meios de burlar a autenticação em duas etapas, um processo muito importante na segurança das contas do aplicativo de conversa instantânea.

A situação também foi identificada pela Kaspersky e, segundo os especialistas, o ataque geralmente se inicia com uma ligação, na qual o criminoso finge ser um representante do Ministério da Saúde fazendo uma pesquisa sobre a Covid-19.

Quando a conversa chega ao fim, ele solicita um código enviado por SMS para confirmar as respostas do indivíduo. Em seguida, o golpista liga para a vítima e se passa por um atendente de suporte do WhatsApp.

Dessa vez, o criminoso afirma ter encontrado “uma atividade suspeita” na conta da pessoa e orienta que o usuário solicite um novo código e pedindo para clicar no link enviado por e-mail para que sua conta seja “desbloqueada”.

Saiba mais em: WhatsApp: criminosos conseguem burlar verificação em duas etapas com novo golpe

Ananda Santos

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