Primeiramente é importante definir o que é um contrato: um acordo entre duas ou mais partes, onde se define o que se pode fazer, como se pode fazer e o que acontece caso não se faça; ou seja, são as regras do jogo, que permitem a todas as partes entender no que vai consistir a interação que terão.

Os contratos estão sujeitos às leis e jurisdições territoriais, e em algumas ocasiões é necessário registrá-los em cartório. Isso se traduz em custos, tempo, além de terceiros que podem vir a intervir no processo. E, por mais rigorosas que sejam as cláusulas, muitas vezes seu conteúdo pode estar exposto à interpretação de um juiz que, a depender do caso, o analise.

Por sua vez, um contrato inteligente é um acordo entre as partes capaz de se executar e se fazer cumprir por si só, de forma autônoma e automática, sem intermediários e mediadores. Isto ocorre, pois os contratos inteligentes traduzem seus termos a “scripts” (códigos informáticos) escritos com linguagem de programação que contém as sentenças e comandos que devem se executar frente ao cumprimento ou não do contrato.

Segundo Mariano Craiem, CTO & Cofundador da SatoshiTango companhia de criptoinvestimentos e serviços financeiros: “Os contratos inteligentes podem ser criados tanto por pessoas físicas e/ou jurídicas, quanto por máquinas ou outros programas que funcionam de maneira autônoma. Um “smart contract” tem validade sem depender de autoridades. Fortalece a ideia de descentralização, conceito muito presente na atmosfera cripto”.

O primeiro contrato inteligente foi criado pelo criptógrafo Nick Szabo em 1995. Szabo os mencionou publicamente naquele ano e em 1997 publicou um documento muito mais preciso, onde detalhava o que eram. O que Szabo definiu teoricamente nestes anos, virou realidade somente em 2009 com a chegada do Bitcoin e do Blockchain.

“O Bitcoin tem alguns “smart contracts” já criados que se executam automaticamente e de forma transparente para o usuário. Entretanto, o auge dos contratos inteligentes se deu com Ethereum, plataforma caracterizada por apresentar maior facilidade de uso na hora de criar aplicações descentralizadas” acrescenta o cofundador da SatoshiTango.

Com os “smart contracts” é possível agilizar processos, sem a necessidade de terceiros. Por exemplo, se pode criar um contrato inteligente que permite que um usuário envie dinheiro a seu amigo apenas se a temperatura do dia superar os 30 graus ou só quando as medidas de restrição de determinada cidade tenham acabado, o que será cumprido obrigatoriamente. São infinitas as possibilidades permitidas por esta ferramenta, que funciona como uma verdadeira facilitadora para os negócios.

Os contratos inteligentes são muito importantes e sua presença é essencial para o mundo cripto.

Daniel Salman

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DANIEL SALMAN

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