O volume liberado no primeiro mês representou 50% a mais que o mesmo período do ano passado, conforme aponta o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021 divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta quarta-feira dia 05/08/2020.

Segundo a Secretaria de Política Agrícola (SPA), o desempenho do crédito rural nos primeiros 30 dias superou as expectativas. Os R$ 24,15 bilhões contratados no primeiro mês do Plano Safra representam 50% a mais que o mesmo período do ano passado.

“Nós tivemos um crescimento expressivo no valor aplicado no primeiro mês do Plano Safra e nos dá alento por acreditar que estamos no caminho certo e que os produtores estão confiando na redução das taxas de juros, na estabilidade do mercado, na economia brasileira e confiando na gestão do Ministério da Agricultura. Todos esses fatores são um crédito a mais para a ministra Tereza Cristina”, comemora Cesar Halum, secretário de Política Agrícola.

De acordo com a avaliação, observa-se crescimento em todas as modalidades de financiamento. O destaque mais significativo foi o aumento de 110% nos financiamentos de investimento, sendo contratados R$ 5,2 bilhões. São os investimentos em infraestrutura produtiva que asseguram a sustentabilidade da atividade ao longo do tempo.

Quanto aos programas de investimento, quase todos cresceram mais de 100%, na variação comparativa com o mesmo mês do ano agrícola anterior, com destaque para o Moderagro (535%), Moderinfra (413%), Programa ABC (134%) e Inovagro (175%).

O crédito de custeio também teve alta de 39%, com R$ 15 bilhões contratados, indicativo de grande motivação dos agricultores para o cultivo da safra que se inicia.

O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp)  teve um aumento de 26% no número de contratos de custeio (20 mil) e de 32% no valor aplicado (R$ 3,4 bilhões). Já o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) cresceu, respectivamente, 36% nos contratos (81,3 mil) e 57% em desembolso (R$ 2,8 bilhões)

Com R$ 1,8 bilhão em empréstimos destinados à comercialização, 17% de aumento em relação a igual período da safra passada, mostra que os preços agrícolas, em geral, seguem bastante remuneradores, fazendo com que os produtores comercializem seus produtos ao invés de estocarem a espera de melhores preços. Desta forma, a demanda por financiamento para estocagem não foi tão acentuada.

Os financiamentos com a Industrialização também tiveram desempenho favorável, com alta de 69%, representando R$ 2 bilhões em aplicação.

DIEGO RUDEK

Escrito Por

DIEGO RUDEK

Consultor Tributário

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